Nostalgia do que não me pertence

Eu só queria poder falar da saudade e de amor sem me sentir um hipócrita, não por não acreditar nesses sentimentos, mas por não me sentir mais capaz de te-los, como se eu tivesse me fechado para o mundo, como se as decepções fossem inevitáveis, a verdade é que planejar cria expectativa e talvez só você esteja empolgado realmente, e o outro só queira lhe ver sorrir, porque gosta do seu sorriso, ou pra te ver bem. Chega de mansinho ganha espaço cria um laço, mas na hora que a cor da fita perde o agrado, logo é trocado. Odeio me sentir obsoleto, a ideia de saber que as pessoas se cansam rápido das coisas e estão transferindo isso para as pessoas me faz perder a sanidade, não é possível que o ser humano tenha se corrompido dessa forma a troco de matéria, não é inversão de valores, é pior que isso é perda de valores. E o pior que nós que vivemos de essência, ficamos com um pouco da essência dessas pessoas e acabamos por sentir falta delas, apesar de sabermos de tudo. Deve ser uma forma de auto-flagelo, pra pagar a conta dos erros diários , das falhas, pra amenizar a dor de saber que somos humanos dotados de falhas, daí sofrermos por pessoas que não merecem, ou por pessoas que não sofreriam por nós, mas a saudade, ah! essa não muda.

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