A espiritualidade pela compreensão

Muito se ouve falar em espiritualidade, porém muito do que se vê é uma espiritualidade externa que visa apenas o que está fora, adota-se uma prática, doutrina, seita, seja lá o que for e ao invés de resignação o que surge são julgamentos. A busca pela perfeição, ou melhor, pelo aperfeiçoamento é intrínseco ao ser humano, à almejamos em nossas relações, atividades e modos de ser e nos sentimos felizes quando conseguimos lograr algo com maestria. No entanto quando nos sentimos no direito de exigir a perfeição dos outros, demonstramos o quanto nos cobramos e nos esquecemos que o intuito e uma prática espiritual é a busca pelo aperfeiçoamento próprio, é o lapidar-se o trabalhar sobre a pedra bruta. Lembremo-nos de que o que nos auxilia na auto-realização é a compreensão, o julgamento é aplicação de sentença, nos não somos juízes e nos transformamos em algozes quando nos sentimos no direito de aplicarmos a lei aos outros. A auto-observação confunde-se muitas vezes com auto-condenação minando nossas forças e nos impedindo de caminharmos rumo ao nosso objetivo de iluminação, auto-observar-se é olhar para os defeitos buscando compreender seus mecanismos para eliminarmos do nosso campo psicológico agregados que nos impedem de expressarmos nosso Real Ser. Não é necessário condenar, criar uma luta ou uma batalha interna, a chama da compreensão nos auxiliara vencer os defeitos do ego. Pratique a corrente espiritual que melhor lhe servir, acredite que com intensidade e fé, mas saiba que esse caminho é pessoal, solitário e intransferível, nos regojizamos quando encontramos companheiros que partilham da mesma prática, mas saibamos aprender com as diferentes práticas e formas pelas quais a espiritualidade se manifesta, buscando dessa forma viver uma grande fraternidade baseada na compreensão e no desapego a humildade continua sendo a chave mestra de toda sabedoria. 

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